Movimento Terras -

26 de setembro de 2012

VENTILAÇÃO CRUZADA

A ventilação natural é o fenômeno da movimentação do ar no interior das edificações sem a indução de nenhum sistema mecânico, ocorre por diferença de pressão do ar, que pode ocorrer por ação dos ventos ou de densidade do ar devido à variação de temperatura.

Somente com a diferença de pressão e a existência de aberturas é possível haver a ventilação natural. A ação dos ventos atua sobre o edifício gerando zonas de pressão e subpressão.

A ventilação natural é capaz de proporcionar a renovação do ar de um ambiente e a velocidade do ar sobre as pessoas é fundamental para o alcance do conforto térmico.

Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo de energia, minimizando diretamente o uso de sistemas de ventilação mecânica e ar condicionado.

A ventilação cruzada não se resume ao fluxo de ar por somente um ambiente, podendo ser realizada através de mais ambientes, passando por portas e vãos.

Estratégias de ventilação

EFEITO CHAMINÉ

O efeito chaminé é viabilizado pela diferença de pressão entre o ambiente externo e interno que são conseqüência das diferenças de temperatura entre estes meios. Os ambientes internos ganham calor devido às atividades ali realizadas (ocupação, iluminação equipamentos, dispositivos de aquecimento artificial). O ar aquecido torna-se menos denso e sobe, “puxando” ar frio que penetra, geralmente por frestas e pequenas aberturas. Mas, em geral, frestas são comuns em janelas que costumam localizar-se a meia altura do ambiente. Para proporcionar uma renovação de ar mais significativa, é interessante que pequenas aberturas sejam instaladas próximas ao piso para entrada de ar, enquanto aberturas mais altas, sejam na cobertura ou em paredes, sejam usadas para a saída de ar. Deve-se evitar bolsões de ar aquecido acima de aberturas projetadas para a saída de ar.

PEITORIL VENTILADO

O peitoril ventilado é uma solução para proporcionar a ventilação, em geral facilitando a ventilação cruzada, quando se deseja separar as funções de iluminação (janelas) das de ventilação (peitoril ventilado). Esta separação permite que as janelas recebam proteções solares que podem obstruir o vento reduzindo sua velocidade, ou que possam permanecer fechadas em momentos de chuva enquanto a ventilação permanece disponível.
Sua localização abaixo da janela também facilita o efeito chaminé, como já citado. Sua forma e a inclinação de suas aletas afetam a direção e a intensidade do fluxo.
Assim, deve-se avaliar a melhor solução referente à proteção contra chuvas (inclinado ou vertical), inclinação das aletas e se há extensão do peitoril internamente para direcionar o fluxo de ar. Como exemplo, é interessante que o peitoril ventilado seja operável para permitir o seu fechamento quando a ventilação não é desejada.

REDUTOR DE VELOCIDADE

Redutores de velocidade do vento são recomendados quando a ventilação é desejada mas o vento no local apresenta maior intensidade que o desejado para proporcionar conforto e renovar o ar dos ambiente internos. São localizados em uma orientação específica visando uma direção predominante de ventos de elevada intensidade. Os redutores podem ser vazados ou podem ser barreiras dispostas ao longo do entorno do edifício a fim de proporcionar uma rugosidade que desacelera, desvia e/ou reduz o vento incidente. Estas barreiras podem ser utilizadas para fins combinados, como vegetação de arbustos ou árvores em jardins e bancos para os usuários. Podem também ser barreiras em vidro quando se deseja manter a vista para um ponto ou direção específica.

FACHADAS VENTILADAS
  
Fachadas ventiladas ou duplas fachadas são bastante usadas na Europa por fornecer níveis altos de conforto térmico. As fachadas duplas podem ser criadas em diversos materiais e o principio é a criação de um espaço intermediário entre o exterior e o interior da edificação que ao ser ventilado e não ter radiação solar direta reduz o ganho térmico na edificação. Fachadas ventiladas apresentam vidro duplo e circulação de ar no meio. O vidro externo geralmente é simples enquanto o vidro interno é geralmente duplo. Podem ser instaladas venezianas internas no meio que sejam recolhidas de forma manual ou automática. No verão deve ser possível abrir o vidro externo em aberturas inferiores e superiores para permitir uma circulação de ar por efeito chaminé para resfriamento passivo da edificação. No inverno deve permanecer fechado para permitir o ar quente de agir como um amortecedor térmico.

12 de setembro de 2012


ÁGUA – Um Recurso Realmente Precioso
                          

O Uso da Água na Edificação

A água tratada é um produto industrial que exige altos investimentos para a sua produção, distribuição e controle de qualidade.
Pode-se dividir o consumo residencial em dois grupos: o que demanda de água potável, como a higiene pessoal, a preparação de alimentos e para beber; e o de água não-potável, como a lavagem de roupas, a rega de jardins, a lavagem de calçadas e veículos e a descarga das bacias sanitárias.

Estratégias para o Uso da Água na Edificação

A conservação do uso da água pode ser definida como qualquer ação que:

 reduza o consumo de água;

 reduza o desperdício de água;

 aumente a eficiência do uso de água;
 implemente/aumente a reciclagem e o reuso de água.

A implementação do uso racional da água consiste em sistematizar as intervenções que devem ser realizadas em uma edificação, com o mínimo de desperdício.

No caso de água para irrigação, rega de jardim e lavagem de pisos, os requisitos são:
 
 não deve apresentar mau-cheiro;

não deve conter componentes que agridam as plantas ou que estimulem o crescimento de pragas;
 não deve ser abrasiva;
                                                       não deve manchar superfícies;
   não deve propiciar infecções ou a contaminação por vírus ou bactérias prejudiciais à saúde humana.

No caso de água para descarga em bacias sanitárias, os requisitos são:

 não deve apresentar mau-cheiro;
 não deve ser abrasiva;
 não deve manchar superfícies;
 não deve deteriorar os metais sanitários;
 não deve propiciar infecções ou a contaminação por vírus ou bactérias prejudiciais à saúde humana.


Para as águas para refrigeração e sistema de ar condicionado, as condições necessárias são:

 não deve apresentar mau-cheiro;
 não deve ser abrasiva;
 não deve manchar superfícies;
 não deve deteriorar máquinas;
 não deve formar incrustações.

No caso de água para lavagem de veículos, os requisitos necessários são:

 não deve apresentar mau-cheiro;
 não deve ser abrasiva;
 não deve manchar superfícies;
 não deve conter sais ou substâncias remanescentes após a secagem;

não deve propiciar infecções ou a contaminação por vírus ou bactérias prejudiciais à saúde humana.



Para as águas que são utilizadas para lavagem de roupa, os requisitos são:

 deve ser incolor;
 não deve ser turva;
 não deve apresentar mau-cheiro;
 deve ser livre de algas;
 deve ser livre de partículas sólidas;
 deve ser livre de metais;
 não deve deteriorar os metais sanitários e equipamentos;
 não deve propiciar infecções ou a contaminação por vírus ou bactérias prejudiciais à saúde humana.

No caso de água para uso ornamental, os requisitos são:

 deve ser incolor;
 não deve ser turva;
 não deve apresentar mau-cheiro;
 não deve deteriorar os metais sanitários e equipamentos;
 não deve propiciar infecções ou a contaminação por vírus ou bactérias prejudiciais à saúde humana.

Ações para Diminuir o Desperdício e Aumentar a Eficiência

Os sistemas que economizam água provocam a diminuição do consumo, o melhor desempenho e a menor influência da ação do usuário na economia de água.

As opções mais usuais para o racionamento da água dos chuveiros são:

 chuveiros com reguladores da vazão de litros d’água por minuto

 chuveiros tipo ducha, que promovem a redução do desperdício da água por permitir a lavagem localizada em cada parte do corpo;

 Além das bacias com volume reduzido de descarga, existem outras alternativas tecnológicas para a redução do consumo de água nas bacias sanitárias. Dentre elas pode-se citar a válvula de descarga com duplo acionamento, a qual pode ser acionada de duas formas: com um volume em torno de 3,5 litros para dejetos líquidos e um volume maior para dejetos sólidos.

 O consumo nas pias de cozinha é o terceiro mais significativo nas residências.

Reuso

Denomina-se como reuso de água o aproveitamento de águas previamente utilizadas, uma ou mais vezes, em alguma atividade humana para suprir as necessidades de outros benefícios, inclusive o original.
Em uma residência, fazer com que a água servida de lavatórios, bacias sanitárias, chuveiro, máquina de lavar louça e roupa e da cozinha seja direcionada para sofrer um tratamento adequado e uma redistribuição para descargas, rega de jardins, lavagem de pisos e tantas outras atividades que podem ser feitas sem necessitar de água potável.

Aproveitamento de Água Pluvial

Água pluvial é definida como a água que provém diretamente da chuva, captada após o escoamento por áreas de cobertura, telhados ou grandes superfícies impermeáveis.
Podem-se citar como vantagens do aproveitamento de água de chuva:

utiliza estruturas existentes na edificação (telhados, lajes e rampas);
 baixo impacto ambiental;
 água com qualidade aceitável para vários fins com pouco ou nenhum tratamento;
 complementa o sistema convencional;
 reserva de água para situações de emergência ou interrupção do abastecimento público;
 redução do consumo de água potável e do custo de fornecimento da mesma;
 melhor distribuição da carga de água da chuva no sistema de drenagem urbana, o que ajuda a controlar as enchentes.

A desvantagem do sistema é a diminuição do volume de água coletada nos períodos de seca, além da necessidade de se fazer uma manutenção regular no sistema; caso contrário podem surgir riscos sanitários.
Para projetar tal sistema devem-se levar em conta as condições ambientais locais, clima, fatores econômicos, finalidade e usos da água, buscando não uniformizar as soluções técnicas.

Reuso de Água Cinza

Qualquer água que tenha sido usada no lar, exceto água de vaso sanitário, é chamada de água cinza. Água usada em louças, banhos, pias, lavanderia é chamada de água cinza. Corresponde de 50 -80% da água usada que vai para o esgoto.
A reciclagem da água cinza apresenta algumas vantagens, tais como a diminuição do descarte no sistema de esgoto sanitário e a economia de água potável.
A água cinza, devidamente tratada, pode ser utilizada no consumo não potável como descarga de vasos sanitários, lavagem de calçadas e ruas, irrigação de jardins, irrigação de faixas verdes decorativas ao longo de ruas e estradas, construção civil (compactação do solo, controle de poeira, lavagem de agregados), limpeza de tubulações, sistemas decorativos tais como espelhos d’água, chafarizes, fontes luminosas, entre outros.

28 de agosto de 2012


Você sabe se suas torneiras e chuveiros têm arejador?
O arejador é um acessório para torneiras e chuveiros que possui a função de misturar ar à água, dando a sensação de maior volume. A torneira convencional usa de 14 a 25 litros de água por minuto e a que possui arejador, de 6 a 10 litros por minuto. Deste modo, o emprego do acessório otimiza o consumo de água, que no uso cotidano represente uma preservação de de 5 a 10 litros por minuto de água.
Dados do relatório do Instituto Socioambiental (ISA) mostram que, diariamente, as capitais brasileiras, juntas, desperdiçam cerca de 2,5 milhões de litros de água. Um dos principais motivos dessa perda deve-se ao consumo doméstico que, atualmente, demanda mais de 140 litros per capita.

O mercado oferece linhas completas de produtos e acessórios que proporcionam o uso econômico e eficaz da água. Caso da marca DECA, que desenvolveu as linhas de torneiras equipadas com arejadores, que são utilizadas pelo MovimentoTerras.

A economia pode ser ainda maior

Considerando-se que as torneiras são responsáveis entre 10% a 20% do consumo, essa redução de vazão representará uma economia de, aproximadamente, 60% a 80% no gasto de água. O que significa uma economia de  6% na conta mensal.

Economia também no chuveiro

Além das torneiras, os arejadores também podem ser usados nos chuveiros, que liberam, normalmente, de 10 a 30 litros de água por minuto, sendo responsáveis entre 30% a 50% do consumo de água da casa. Reguladores de vazão permitem ajustar a saída da água em 8 litros por minuto, quantidade mínima
e suficiente para um banho revigorante e econômico.

Teste: Você precisa de um arejador?

Agora que você já sabe como economizar água sem perder o conforto, saiba como verificar em sua casa ou escritório, o quanto cada torneira consumiria se ficasse aberta por 1 minuto:

- pegue uma jarra, graduada em mililitros, preferencialmente de 1 a 2 litros de capacidade, e um relógio que marque os segundos
- coloque a jarra de baixo da torneira ou do chuveiro, e deixe a água escorrer por 6 segundos.
- anote num papel a quantidade de água coletada na jarra nesse período.
- multiplique esse valor por 10. Exemplo: 1.500 ml x 10 = 15 litros por minuto.

Quando o resultado de consumo for maior do que 10 litros por minuto na torneira da cozinha, no tanque de lavar roupa ou na torneira do banheiro é hora de instalar um arejador!

31 de julho de 2012



O Vidro Eficiente

O Movimento Terras tem como objetivo implantar um modelo de arquitetura contemporânea com desenvolvimento sustentável. E tendo em vista esse conceito, conta com parceiros como a Guardian trazendo e implantando tecnologia como os vidros Low-E.

Os revestimentos de baixa emissividade (low-E) são camadas de metal microscopicamente finas que são depositados sobre uma superfície da janela para ajudar a manter o calor no mesmo lado do vidro a partir da qual se originou. O objetivo é encontrar o equilíbrio adequado entre a captura e reflexão do calor solar.

Aplicação do Vidro na Construção Civil

Desde 1980, o vidro tem conquistado espaço na arquitetura e construção civil. Ele é utilizado com frequência em fachadas, coberturas, pisos, divisórias, portas, janelas, escadas e paredes, além do seu uso como elemento de segurança em guarda-corpos. Podemos considerar que o largo emprego deste material se deve ao fato de que ele possibilita uma interação entre os meios interno e externo, o que amplia a segurança e a visibilidade.

O vidro garante leveza aos ambientes, e é comumente utilizado em residências, pois leva beleza e harmonia às formas delineadas.
Novas tecnologias já permitem o uso do vidro em paredes de sustentação, em pisos e em estruturas de escadas em projetos mais arrojados.
                                                                           

Dentre os diversos tipos de vidro, os mais utilizados na construção civil são: Vidro plano, vidros planos lisos, vidros cristais, vidros impressos, vidros refletivos, vidro anti-reflexo, vidros temperados, vidros laminados, vidros aramados, vidros coloridos, vidros serigrafados, vidros curvos e espelhos fabricados a partir do vidro comum. Encontramos ainda as fibras de vidro, matéria prima para a fabricação de mantas e tecidos utilizados em aplicações de reforço ou de isolamentos.



Tipos de Vidro

Monolítico:
Vidro comum, usado em caixilhos de alumínio.
















Temperado:
Um choque térmico na fabricação o torna cinco vezes mais resistente que o comum. Se quebrar, produz pedaços pequenos e não cortantes.

Laminado:
Sanduíche de duas ou mais placas de vidro, que leva no miolo uma película de segurança (PVB, EVA ou resina). Se romper, a película retém os pedacinhos.

Aramado:
Vem com uma malha de aço no meio da massa. É um vidro de segurança (a malha de aço retém os cacos), e também tem função de isolante termoacústico.

Refletivo, ou espelhado:
Reflete a luz e não absorve tanto calor.
Serigrafado:
Colorido, é impregnado de tinta no forno de têmpera.
Jateado:
Jatos de areia ou pós abrasivos fazem desenhos opacos na superfície.






Impresso:
Apresenta relevos e texturas na superfície, feitos no processo de fabricação.















Acidado:
Submetido a solução ácida, torna-se opaco.





Curvo:
Moldado a quente em formas a partir de 3 mm de espessura, é feito sob encomenda.
















Blindado:
As camadas plásticas existentes entre várias lâminas de vidro amortecem o impacto e oferecem resistência.





















Autolimpante:
possui uma camada metalizada que tem como principal componente o óxido de titânio. Os raios ultravioletas ativam as propriedades autolimpantes do vidro, não deixando a sujeira fixar na superfície da chapa.

Antirreflexo:
Passa por um processo que tira o brilho de sua superfície, tornando-se antirreflexo, sem alterar a sua capacidade de transmissão de luz.
Vidro Anti-riscos:
O produto possui um revestimento especial aplicado durante o processo de fabricação do vidro que lhe confere resistência a riscos e arranhões 10 vezes mais que os comuns.

Vidro Antivandalismo:
São projetados para frustrar ataques rápidos-como, por exemplo, o lançamento de um tijolo, sem desprendimento de pedaços de vidro, enquanto se aguarda sua reposição. Evita-se dessa maneira o roubo,a deterioração dos objetos pelas intempéries e os fragmentos de vidros espalhados.

Vidro Colorido:
Além da aplicação artesanal de tintas especiais para vidros e do processo de serigrafia, existem três formas de produção industrial de vidro colorido: aplicação de aditivos na massa; deposição de camada refletiva; laminação de película plástica colorida. Os vidros impressos e float coloridos na massa distinguem-se dos incolores pelo fato de aditivos minerais serem incorporados em suas composições,conferindo-lhes de um lado coloração e ,de outro,proporcionando-lhes o poder de barrar um mínimo de radiação solar.São produzidos nas cores fumê(cinza), bronze, verde e azul.

Vidro Craquelado:
São vidros laminados compostos por uma lâmina interna de vidro temperado com duas lâminas externas de vidros comuns (float). No processo de produção do craquelado,o vidro temperado interno é quebrado e fragmenta-se,ficando aderido à película plástica e preso às lâminas externas.



Vidro Fusing:
Vidro fusing significa o vidro utilizado em decoração ou em peças utilitárias feitas a partir do sistema de fusão de vidros ou de cacos moídos que utiliza o mesmo nome. Nas vidraçarias, o sistema fusing permite o aproveitamento de sobras, transformando-se, em alguns casos, na atividade principal da empresa. Os produtos que recebem toques artísticos deixam de ser comparados com similares do mercado e podem proporcionar uma margem de lucro maior, principalmente se forem direcionados a um público que exige e valoriza essa personificação. 

Vidro Resistente ao fogo:
Os vidros resistentes ao fogo sem malha metálica são vidros laminados compostos por várias lâminas intercaladas com material químico transparente, que se funde e dilata em caso de incêndio. Essa reação se ativa quando a temperatura de uma das faces do vidro atinge 120ºC.

Sistemas de Envidraçamento

O envidraçamento é a instalação de um painel de vidro em uma moldura sulcada, por meio da fixação com pregos de vidraceiro e da vedação do conjunto com um filete chanfrado de massa de vidraceiro ou mastique.

Existem diferentes tipos de envidraçamento disponíveis para nosso uso na arquitetura. O comum, como já mencionado, o duplo, o envidraçamento a seco, em nível, de junta de topo ou, ainda há a possibilidade de uso de painéis de vidro.No envidraçamento duplo, instalam-se duas chapas de vidro paralelas, separadas por uma camada vedada de ar. Isso faz com que se reduzam as transmissões térmica e sonora no ambiente.

O envidraçamento a seco, substitui a fita de envidraçamento ou o vedante líquido, instalando o vidro em um caixilho de janela com uma gaxeta de compressão.
No envidraçamento em nível, as peças de emolduração estão inteiramente colocadas atrás dos painéis, de modo a formarem uma superfície externa nivelada, com um vedante estrutural de silicone.
O envidraçamento de junta de topo é usado na a união de peças em grandes janelas. As folhas de vidro são unidas, também por um vedante estrutural de silicone.
E, por fim, o sistema de painéis de vidro, que deve ser feito com vidro temperado, de modo que através de presilhas especiais, as folhas de vidro são suspendidas e unidas com vedante estrutural de silicone, ou por chapas metálicas de ligação.


30 de março de 2012

Aquecimento Solar


Uma forma alternativa de gerar energia que vem ganhando grande espaço no mercado é a energia solar. Prova disso é o aumento no faturamento dessas indústrias: em 2010 o faturamento anual já computava 38 bilhões de dólares e a projeção para 2015 é que esse número triplique. 

E se antes essa forma de captação energética era empregada apenas em grandes construções, hoje projetos de moradias populares já prevêem o uso de aquecedores solares de água.Enquanto o aquecimento solar de água ganha espaço e incentivo, a transformação da energia solar em energia elétrica ainda não consegue suprir as necessidades de uma residência de maneira eficiente. 

A energia fotovoltaica necessita de grande densidade de insolação para funcionar a um ritmo constante e produtivo. Porém isso ainda não é possível, pois as placas não são tão eficazes quanto necessitam e o sol não é tão intenso todos os dias, por isso é necessário ter um sistema elétrico de reserva.Além disso, o custo unitário desses produtos ainda é elevado, podendo variar entre R$900,00 para casas pequenas e R$5.000,00 para casas com mais de 180m². 

Uma vez que é necessária uma área muito ampla coberta por placas fotovoltaicas, o abastecimento de uma casa se torna inviável.Por exemplo, uma residência que possui a quantidade mínima de equipamentos eletrônicos, gasta em média 400 watts por hora em um dia. Isso seria o equivalente a 288 kw por mês - R$115,00. O coletor solar pode gerar até 10 watts por hora em um dia, isso equivale a 7,2 kw por mês, apenas 2,5% do necessário! Então, para fornecer energia para essa casa apenas com a energia solar, seriam necessárias quarenta placas fotovoltaicas. 

O valor total para a colocação das placas sairia em torno de R$200.000,00!Já para os aquecedores solares, o custo é um pouco mais reduzido e é possível obter um rendimento de até 30% de água quente sem fazer uso da energia elétrica. Cada placa pode gerar até 100L de água quente por dia. Supondo que o consumo de uma residência com três pessoas seja de 500l por dia, seriam necessárias 5 placas de aquecedores solares. 

O custo dessas placas seria de aproximadamente R$10.000,00.

Em São Paulo, desde julho de 2008, o uso de aquecedores solares de água é obrigatório, em residências com quatro ou mais banheiros, no sistema de aquecimento de piscinas e em estabelecimentos que fazem uso intensivo de água quente, tais como academias, hotéis, clínicas, entre outros. A lei também define que residências novas com até três dormitórios tenham pelo menos a infra-estrutura instalada para futuramente receber o sistema de aquecimento. Em todo o estado, 15 cidades como, Ribeirão Pires (SP), Jundiaí e Campo Grande (SP) já criaram leis de incentivo ao uso de aquecedor solar.Mesmo com todo o incentivo ao uso das placas aquecedoras, as placas fotovoltaicas foram deixadas de lado pelas empresas privadas e pelo governo, pois ainda não são eficazes a ponto de serem utilizadas para gerar a energia necessária. Precisamos que essas empresas aprimorem seus recursos para que o custo final seja reduzido e o planeta seja beneficiado.

1 de dezembro de 2011

Materiais Recicláveis e Não Recicláveis




Quando o assunto é coleta seletiva e reciclagem, podemos achar que todos os tipos de papel, plástico, metal e vidro são recicláveis. Porém, o que nem todo mundo sabe, é que dentro desses grupos existem alguns materiais que ainda não podem ser reciclados. Estes são:





  • Papel: Adesivos, etiquetas, Fita crepe, Papel carbono, Fotografias, Papel toalha, Papel higiênico, Papéis engordurados, Metalizados, Parafinados, Plastificados, Papel de fax.

  • Plástico: Cabo de panela, Tomadas, Adesivos, Espuma, teclados de computador, Acrílicos, Isopor.

  • Vidro: Espelhos, Lâmpadas, Cerâmicas, Porcelanas, Cristal, Ampolas de medicamentos.

  • Metal: Clipes, Grampos, Esponja de aço, Latas de tinta tóxica, Latas de combustível, Pilhas, Baterias.
 
Além disso, é preciso lembrar que o lixo reciclável não pode ser misturado com os materiais não recicláveis, para que, na hora da coleta, o trabalho de reciclagem ou a qualidade do produto final não sejam prejudicados.
Apesar de não termos ainda tecnologia suficiente que recicle todos os materiais diminuindo o impacto da nossa produção de resíduos na natureza, já existem pessoas que fazem esse trabalho. Porém, isso não é feito com todos os materiais, o que não quer dizer que eles não possam ser reutilizados e futuramente reciclados por outras empresas.


Algumas empresas já fazem a reciclagem de lâmpadas. A Lepri Ecopastilhas, de São Paulo, recicla lâmpadas fluorescentes e as transforma em pastilhas para revestimentos. O vidro reciclado da lâmpada é usado tanto no esmalte quanto na massa dos seus produtos.
Outra empresa paulistana, A Tramppo, também faz a reciclagem de lâmpadas, separando componentes metálicos, vidro e mercúrio, para serem encaminhados ao mercado. Porém esse processo acaba sendo mais caro que o valor dos produtos obtidos por ela, o que faz com que seja necessário pagamento para esse trabalho.

No caso das pilhas e baterias usadas, elas liberam metais tóxicos como mercúrio, cádmio e chumbo, que ao serem jogados no lixo, podem gerar um alto nível de contaminação. Por isso, existem pontos de coleta que recebem esses materiais, tais como: Lojas da Vivo, Claro, Tim, Motorola, Sony, Banco Bradesco, Santander.

E por que os computadores não podem ser reciclados como as garrafas PET?

A diferença entre a garrafa PET e um teclado de computador, é que o teclado além do plástico, possui em sua composição, chumbo, cádmio, mercúrio, metal ferroso, vidro e placas eletrônicas. Por isso, eles não podem ser reciclados como os plásticos comuns ou simplesmente jogados nos aterros sanitários, pois podem causar danos à saúde se misturados ao solo. Existem instituições que aceitam computadores usados ou quebrados para a montagem de centros de informática públicos, como:


Hospital Albert Einstein
ABRE – Associação Brasileira de Distribuição de Excedentes
Associação PRÓ-HOPE - Apoio a Criança com Câncer
Oxigênio Desenvolvimento de Políticas Públicas e Sociais

Com o avanço da tecnologia e a preocupação com o meio ambiente, a empresa PEGA Design & Engineering, desenvolveu um conceito de computador biodegrável, feito de papel reciclado e polipropileno, que além de biodegradável, é resistente e totalmente reciclável e podem ser facilmente desenvolvidos. Porém estes computadores ainda não estão disponíveis no mercado.

Já os papéis adesivos recobertos com outros materiais como, por exemplo, o celofane e as fitas adesivas, são de difícil reaproveitamento e por isso ainda não existe uma empresa que faça a reciclagem desses materiais.

Apesar das dificuldades na reciclagem do isopor, a Cooperativa paulistana, Coopervivabem, iniciou esse trabalho em Janeiro de 2007, e funciona hoje como ponto de coleta para outras cooperativas de reciclagem da cidade. O processo de reciclagem começa pelo corte dos materiais. Depois eles são expostos ao calor e atrito e se transformam em uma massa homogênea, que depois de resfriada, é cortada em grânulos para ser misturada e então reutilizada.

O importante é lembrar que mesmo que não haja coleta seletiva em todos os lugares, é necessário que cada um gerencie seus resíduos. Isso vale até mesmo para aqueles que são denominados com não recicláveis, pois eles podem não ser hoje, mas com o avanço tecnológico, esses materiais poderão ser reciclados, porém nada disso importará se o processo de desagregação do lixo já não for uma rotina em nossas vidas.